Muita da tinta que tem corrido na imprensa, e tinta virtual por esta Internet fora, tem sido sobre a questão da limitação de mandatos, e sobre qual deve ser a sua real implementação.
Muitos defendem que deve ser como o Tribunal Constitucional decidiu, impedindo apenas de alguém se voltar a candidatar ao mesmo cargo pela quarta, ou mais, vez.
Por outro lado a quase totalidade das restantes opiniões colocam-se na posição que ninguém deve poder ocupar um cargo do mesmo tipo mais de três mandatos consecutivos.
Duas opiniões válidas a meu ver, e condizentes com tantas outras opções para limitar a democracia, e a vontade popular. E porque é que digo isto? Não me conseguem vender a lógica que em democracia o povo não deve ser soberano, e para mim claramente que nada é mais soberano do que deixar o povo decidir. Se quiserem manter quarenta anos a mesma pessoa à frente de um qualquer cargo político, goste eu ou não dessa pessoa, é a decisão do povo.
Claro que os partidos, e os jotinhas que os circundam, acham isto uma aberração, segundo eles por causa dos vícios do poder e afins. No entanto é algo bem mais grave do que isso. Se quem faz bons trabalhos num cargo continua lá ad eternum, pode começar a haver o risco de depois não haver os belos tachos para as gerações de malta do partido que se seguem.
Preocupa-me mais sinceramente os partidos políticos tentarem limitar as escolhas de quem a população pode eleger, do que a continuidade no poder de quem a população vota.
Para mim a democracia deve ser suprema, mesmo quando o povo toma opções com as quais não concordo!